domingo, 27 de fevereiro de 2011

Baptiste Quaranta - le grand clarinettiste français

Preparando um mousse de chocolate:



Apresentação especial para os anfitriões:








sábado, 26 de fevereiro de 2011

Franceses no pré-carnaval - Recife e Olinda

Através do projeto "http://www.couchsurfing.org/", tivemos a satisfação de receber na nossa casa Soanala e Baptiste, simpático e educado casal de franceses que há seis meses está viajando pela América do Sul.
Ela é formada em Administração Cultural e ele em Agronomia.
Trabalharam numa fazenda na Bolívia em troca de comida e hospedagem.
Interessados em conhecer o povo e a cultura de cada país visitado, vieram para Recife para conhecer o carnaval.
No primeiro dia, ontem, fomos com eles para o Recife Antigo, onde o pré-carnaval estava bem animado.
Hoje fomos assistir à preparação para o desfile do "Bloco do Oiti", na rua Barão de Itarmaracá em frente à Doçaria Tia Dondon.
Depois fomos para o Alto da Sé, onde vários blocos já davam uma amostra do que é o carnaval de Olinda.
Confiram a animação de Yone e Soanala acompanhando os blocos que subiam e desciam as ladeiras da cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.



































domingo, 20 de fevereiro de 2011

Renata e André - Patagônia - Argentina

Oi pai,

seguem algumas fotos para o blog:

Livraria em Buenos Aires: linda!

Tango na praca em BA

No hotel em Ushuaia tomando vinho argentino

Passeio às montanhas geladas

Almoço típico: cordeiro assado

Passeio de barco para ver leoes marinhos e pinguins

Os fueguinos andavam nus. Espalhavam gordura de leoes marinhos misturados a areia no corpo.

André vendo os mapas no lobby do hotel em El Calafate

Na visita a fazenda de tosquia de ovelhas andei a cavalo: super!

Jantar na fazenda: cordeiro de novo! (engordei 3kg)

Glaciar perito moreno

Glaciar perito moreno

Comendo empanada (sao 21hs e anda esta claro!)

vista panoramica do glaciar (o andre tirou esta foto)

André tirando foto do glaciar

Preparação pra corrida de carros antigos em El Calafate

Vista do quarto do hotel que ficamos no ultimo dia em BA (Hotel Pestana, bem..). Acabou... Bua!


Dra. Renata G. Ferreira
Profa. Adjunto I- Depto. Fisiologia
Pesquisador - Pós-Graduação em Psicobiologia
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tudo pronto para Ley de Medios.

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/02/19/tudo-pronto-para-ley-de-medios-fortaleza-que-o-diga/

Publicado em 19/02/2011

Este ansioso blogueiro foi a Fortaleza nesta sexta feira à noite para uma solenidade no auditório da Faculdade de Direito .
Foi um evento organizado por Francisco Bezerra da revista – muito boa – Nordeste Vinte Um.
Era para lançar o Instituto de Mídia Alternativa Barão de Itararé .

Estava lá o Antero, bravo jornalista, pioneiro na batalha de desnudar o passador de bola apanhado no ato de passar bola.
Lá estava Daniel Bezerra, do Blog da Dilma, que ganhou o Prêmio Top Blog da Unip como o melhor blog político do país, ao concorrer com 127 mil.
Daniel tem 53 editores colaboradores.
A deputada estadual do PT Rachel Marques que aprovou o Conselho Estadual de Comunicação Social do Estado do Ceará.
(Sobre o assunto, o governador Cid Gomes adota a posição “murista”.)

O presidente do Barão, Miro Borges, levantou a plateia ao reforçar o convite para que a presidenta da Associação Nacional dos Jornais, Judith, receba o pessoalmente o Prêmio Corvo, conferido pelo Barão.

Este ansioso blogueiro disse o que sempre diz sobre o PiG (*).
E procurou reforçar o objetivo: criar um marco regulatorio.
Mostrou que existem as ADINs do professor Comparato.
As 600 recomendações da Confecom .
E o projeto do Ministro Franklin Martins.

Logo, quando o Ministro Paulo Bernardo fala em “correlacão de forças”‘ na verdade isso significa medo da “relação da força” da Globo.

Porém, o que interessa mesmo é a plateia de mil e tantas pessoas.
Numa sexta feira à noite, numa cidade sem transporte público que preste, numa temporada pré carnavalesca e alguns dos melhores bares do Nordeste.
O entusiasmo, a participação, a vontade de exercer a liberdade de expressão.
Ali todo mundo sabe o que é e que interesses representa o PiG (*).
Ali, a auto-proclamada presidente da oposição – não é a Zileide Silva; é a detentora do Prêmio Corvo – não engana ninguém.
Ali, todo mundo quer se COMUNICAR.

Fortaleza está pronta para a Ley de Medios.
Não precisa explicar mais nada.
Todo mundo sabe do que se trata: de democracia.
Uma palavra muito em voga nas ruas do Cairo, ministro Bernardo.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O que a TV nos manda ver

http://passelivreonline.wordpress.com/2011/02/14/o-que-a-tv-nos-manda-ver

O Correio do Metrô desta semana, ano 18-edição 397, traz interessante, oportuno e inquietante artigo da jornalista e psicóloga Sandra Fernandes onde ela nos propoe uma reflexão acerca da forma como nós aceitamos, passivamente, a ditadura de conteúdo da TV.
Trata-se de reflexão pra lá de oportuna, tendo em vista que o telespectador brasileiro se depara uma vez mais com o tal do BBB e a manipulação de conteúdo dos telejornais no que diz respeito ao Egito e Oriente Médio.
Confira!

O que a TV nos manda ver

Sandra Fernandes*

Você já reparou que temos o hábito consolidado de sentar no sofá, ligar a TV e esperar por informações acerca do que está acontecendo no mundo, dia após dia, ouvindo, consumindo, mas nunca questionando? Alguma vez já se perguntou que fatia dos acontecimentos mundiais, nacionais e locais está representada ali? Já pensou em quanta coisa fica fora dos noticiários? Já parou para refletir que existe alguém que decide o que entra no ar e o que não entra? Já se perguntou quais critérios essa pessoa usa para fazer essa triagem noticiosa decidindo o que será e o que não será repassado ao telespectador? Será que aquilo que ela considera importante seria o mesmo que você consideraria importante? Se você pudesse selecionar as informações, será que escolheria as mesmas notícias? O que eles mostram ali realmente influencia sua vida? É assustador pensar que tem alguém decidindo por nós o que iremos saber e aquilo de que não tomaremos conhecimento. A quem servem esses senhores anônimos, mas conscientes do que fazem, levando mensagens a um público semi-adormecido? Precisamos acordar, despertar de nossa passividade e refletir acerca de como são fabricados, distribuídos e vendidos esses produtos chamados notícias, bens intangíveis, mas que nem por isso deixam de ser bens de consumo. Ligamos nossa TV despreocupadamente acreditando que iremos ouvir verdades. Será? Acreditamos que seus “conselhos” são bons. Será que são? Pensamos que as notícias veiculadas refletem realmente o que há de mais importante para saber. Será mesmo?
Você já reparou nos anúncios que assiste enquanto espera pelo próximo bloco? Quem são aquelas empresas que investem milhões para veicular seus nomes e seus produtos naquele chamado horário nobre em que milhões e milhões de pessoas estão, tal qual você, sentados assistindo aquele programa jornalístico? Claro, elas bancam o custo da produção televisiva que, todos sabemos, é muito alto e que nós recebemos gratuitamente em nossos lares. Mas, será que em algum momento não pode haver um choque entre os interesses deles (patrocinadores) e nosso direito de conhecer os fatos e suas verdades? Se houver esse conflito, que sairá ganhando, nós, simples consumidores – e no mais das vezes, nem consumidores somos porque não podemos comprar o que eles vendem – ou os grandes e poderosos grupos que patrocinam os telejornais e enchem de glamour e de dinheiro os concessionários de canais de TV? Aliás, vale lembrar que as TVs têm apenas concessões e que, portanto, prestam um serviço publico por delegação do Estado.
Você já reparou que há varias formas de contar a mesma história? Várias abordagens, várias ênfases, vários significados? Já reparou que normalmente a primeira frase de uma matéria televisiva já determina de que forma ela deve ser interpretada e já prepara o caminho para a conclusão que deve ser tomada sobre o que foi dito? Já reparou que não há questões em aberto para você refletir? Tudo vem pronto, mastigado, resolvido. Em perfeita harmonia como roupa prêt-à-porter e como a comida fast-food, também alguém já lhe poupa o trabalho de pensar, de refletir, de analisar os fatos. O risco é você começar a acreditar que não tem capacidade para pensar, já que não lhe dão essa oportunidade.
Você já reparou que todos os dias as pessoas repetem, nas ruas, no trabalho, nos bares, a surrada frase “você viu… na TV ontem, que coisa horrível/engraçada/triste/absurda?” E se você, naquela fatídica noite, precisou levar sua sogra para a rodoviária e perdeu o famigerado pautador de assuntos, passa a ser considerado um desprezível e desatualizado cidadão que não leu na cartilha da boiada a lição da noite anterior. O curioso é que todos saem com a mesma opinião pasteurizada sobre os assuntos e ai de você se discordar do senso comum! Em suma, alguém decide sobre o que você vai conversar no dia seguinte e que impressão você vai causar no seu grupo social. Curioso, não? Mais curioso ainda é que tudo isso nos parece normal. Estranho é questionar essas coisas. Mas precisamos questioná-las. Não podemos permanecer adormecidos, passivos, conformados. Precisamos ansiar pela verdade simples, clara e objetiva e, sobretudo, não podemos deixar de considerar que toda mensagem é transmitida por alguém que está dentro de um contexto, que faz escolhas, que tem um objetivo ao transmiti-la. É necessário que essas mensagens astutamente elaboradas cheguem a cabeças críticas e conscientes e não apenas depósitos cerebrais de informações e interpretações pré-fabricadas.

* Sandra Fernandes é jornalista e psicóloga

Medo da Receita atrapalha programas de Nota Fiscal

É por isso que os empresários desonestos e sonegadores temem tanto a CSS (ex-CPMF).

Consumidores deixam de informar o CPF em notas fiscais por temerem controle dos dados pela Receita Federal

Carla Falcão e Olivia Alonso, iG São Paulo | 15/02/2011 05:21
http://economia.ig.com.br/financas/impostoderenda/medo+da+receita+atrapalha+programas+de+nota+fiscal/n1238007432358.html

Sem saber, a Receita Federal tornou-se o maior entrave para o crescimento dos programas de notas fiscais de três estados brasileiros. Seja em Alagoas, no Distrito Federal ou em São Paulo, é grande o número de consumidores que deixam de informar o CPF para as notas fiscais por temerem que a Receita faça um cruzamento de dados e “descubra” padrões de consumo incompatíveis com a renda declarada. Preocupação que não se justifica, garantem as secretarias de Fazenda dos três estados, que vêm investindo em comunicação para reverter o impacto da onda de boatos pela internet.

Para o alagoano Marco Aurélio, que registra o CPF em todas as compras, comerciantes disseminam boatos.
Se considerasse os conselhos de amigos e até de parentes, o servidor público Allison Mazzuchelli jamais teria feito sua inscrição no programa Nota Legal do Distrito Federal no início de 2010. Ele conta que, antes de vir para Brasília, morava em São Paulo, onde a preocupação com a possibilidade de cruzamento de dados pela Receita Federal era imensa. À época, conta, vários conhecidos lhe recomendaram que não aderisse ao programa.

A empregada doméstica Sirlei Silva, de São Paulo, ouviu, de suas amigas, o mesmo tipo de advertência. Apesar de ser uma funcionária registrada, com todas as contas sob controle, ela não pede a nota fiscal paulista. “Minhas amigas do ônibus disseram que é perigoso o governo saber tudo que você compra.”

Para o servidor público Marco Aurélio Toneli, alagoano de 36 anos, essa postura de alguns cidadãos brasileiros é resultado de falta de informação e também da maldade de alguns comerciantes. “Eu acho que muita gente que jamais teria problema com a Receita Federal não pede as notas porque não entende que tipo de controle o governo poderia fazer. Muitos até são isentos de imposto de renda”, diz. Além disso, ele acredita que lojistas são responsáveis pela disseminação de informações erradas:

“Desconfio que empresas estejam falando aos consumidores que os dados são enviados à Receita Federal e que isso é perigoso. Assim, menos pessoas pedem as notas”. Ao solicitar o cupom fiscal com CPF, o consumidor acaba se tornando um “fiscal” do governo, pois obriga que as empresas registrem as vendas e paguem impostos. “Acredito que os comerciantes agem por maldade pois não querem ser controlados”, diz Toneli. Ele e a esposa têm cadastro no programa Nota Fiscal Alagoana e já conseguiram mais de R$ 130 em créditos.

Mas o cruzamento de dados não acontece, segundo a coordenadora da Nota Fiscal Alagoana, Aida Gama. “Isso não seria possível, pois não podemos dar a certeza que foi aquela pessoa registrada no programa que realizou todas as compras”. Segundo ela, muitas famílias concentram os créditos no CPF de apenas uma pessoa. “Na minha casa mesmo, concentramos todas as notas no CPF do meu marido”. Além disso, ela diz que os Estados possuem autonomia em relação à Receita Federal.

A equipe da Nota Fiscal Paulista acrescenta que, para que as informações fossem cruzadas, seria necessário um convênio com as Secretarias da Fazenda de cada Estado, que são as organizadoras dos programas de nota fiscal, e a Receita Federal. Ou então, seria preciso que houvesse uma lei estabelecendo essa troca de dados. Mas nada disso existe. “Não há nenhuma regra que nos obrigue a repassar dados dos consumidores”, afirma o chefe do núcleo de execução de projetos especiais da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, José Ribeiro da Silva Neto.

Por meio da assessoria de imprensa, a Receita Federal também negou que utilize informações dos programas Estaduais para a averiguação de sonegação de impostos. “A Receita não cruza dados Estaduais e não há chances de que isso possa acontecer. Os dados utilizados são outros, como informações de contas bancárias e cartões de crédito”, afirmaram os assessores.

Créditos atraem os consumidores

Na opinião do brasiliense Mazzuchelli, entretanto, esse temor de cruzamento de dados começa a ceder espaço para o interesse em fazer uso dos créditos. “As pessoas estão percebendo que o programa gera uma relação de ganho mútuo para o consumidor e para o governo e estão perdendo esse medo de pedir a nota fiscal”, diz.

No início desse ano, Mazzuchelli resgatou R$ 457 em créditos utilizados para abater o pagamento do IPTU. E se antes ele pedia apenas as notas fiscais referentes a compras em geral, agora também faz questão de exigir o cupom fiscal em restaurantes e lanchonetes.

Queixas no Procon

Em São Paulo, a Nota Fiscal Paulista gerou uma arrecadação extra de R$ 800 milhões ao Estado em 2010, estima a equipe do programa. Mas esse valor poderia ser ainda maior se as pessoas fiscalizassem mais o registro das notas. Muitas vezes, os estabelecimentos comerciais não fazem os registros, e de nada adiantou pedir a inclusão do CPF no cupom fiscal.

“Infelizmente, algumas empresas não lançam os valores no CPF, caso de uma rede de fast-food, mas a maioria cumpre seu papel”, afirma Mazzuchelli. O alagoano Djalma de Souza Oliveira, de 46 anos, afirma que fez mais de 30 queixas no Procon de Maceió contra empresa que não registraram as notas. “Hoje mesmo fiz oito denúncias”, afirma. Ele conta que organiza suas contas, cataloga os cupons fiscais e checa pelo computador se as notas que pede são computadas pelas empresas. Os consumidores podem fazer as reclamações pela internet, no site dos programas, ou pessoalmente, nos postos da Secretaria da Fazenda de seus Estados.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Paula - Despedida

Depois de mais uma rápida passagem de férias pelo Recife, Paulinha escolheu o restaurante Portal do Derby para se despedir dos parentes e amigos.
Todos estavam felizes por reverem esta pessoa tão querida e esperaçosos que ela continue a criatura alegre, amorosa e encantadora que sempre foi.
Boa viagem Paulinha e não deixe de nos visitar sempre que possível.








sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Band censura a deputada Luiza Erundina

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
http://altamiroborges.blogspot.com/2011/02/band-censura-deputada-luiza-erundina.html

Reproduzo mensagem enviada pela assessoria da deputada federal Luiza Erundina. A denúncia é grave e merece ampla repercussão.
Altamiro Borges

Veto ao interesse público e ao direito à informação

A produção do programa Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes de São Paulo, agendou uma entrevista por telefone com a deputada Luiza Erundina para esta quarta-feira, 9 de fevereiro, às 10h30. A pauta seria o Projeto de Lei n° 55/2011, apresentado pela deputada Erundina na Câmara, que institui referendo popular obrigatório para a fixação dos vencimentos do Presidente da República e dos parlamentares.

O projeto é de notório interesse público visto que o reajuste de 62% nos subsídios dos parlamentares aprovado no final de 2010 foi implacavelmente criticado por grande parte da população brasileira e pela imprensa.

Inclusive, no dia anterior à entrevista com a deputada Luiza Erundina, o apresentador do programa Manhã Bandeirantes, José Luiz Datena, questionou a dificuldade para o reajuste do salário mínimo dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros enquanto que, o reajuste de 62% para os parlamentares foi votado e aprovado em caráter de urgência pela Casa, com voto da imensa maioria dos congressistas.

Nesse contexto estávamos, a deputada Luiza Erundina e sua assessoria, aguardando a ligação para a participar do programa quando, 1h antes da possível participação, recebemos uma outra ligação cancelando a entrevista. Tratava-se de um veto da direção do grupo. Questionados sobre o por que da censura, do veto à fala de uma parlamentar brasileira em um veículo da imprensa livre, sobre projeto de interesse público, fomos surpreendidos com uma justificativa de cunho absolutamente pessoal: “Este veto é uma resposta aos ataques que a deputada vem fazendo à Rede Bandeirantes”.

Ora, a deputada Luiza Erundina apresentou requerimento junto à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara, para a realização de audiências públicas com o objetivo de debater a renovação de concessões públicas de rádio e TV. E ela não fez isso como um “ataque” pessoal à Rede Bandeirantes. Ela apresentou requerimentos solicitando audiências públicas para debater o processo de renovação de emissoras ligadas à Rede Globo, à Rede Record e à Rede Bandeirantes, não como um ataque a essas emissoras, mas com o objetivo de motivar mais democracia e transparência no processo de renovação das concessões públicas de rádios e TVs. (REQ-205/2009 CCTCI e REQ-220/2009)

O pleito da deputada Luiza Erundina foi absolutamente isento de pessoalidade. Apenas suscita o uso de instrumentos democráticos do Congresso – as audiências públicas – para a avaliação de um serviço de interesse público, antes da sua renovação por mais 15 anos. Já o posicionamento da rede Bandeirantes revela exatamente o contrário: numa retaliação ao exercício parlamentar da deputada, priva a sociedade de ter mais informações sobre um Projeto de Lei de absoluto interesse público, já que os subsídios dos representantes do povo são oriundos do orçamento público, que pertence ao povo.

Episódios como este violam o direito à informação, e revelam que a liberdade de expressão no Brasil, definitivamente, não é uma realidade. Isenção, impessoalidade, interesse público, direito à informação ainda são expressões estranhas à maioria dos meios de comunicação. Lamentável para as comunicações. Lamentável para o Brasil.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO E EVOLUÇÃO INTELECTO-MORAL

* José Pio Martins
http://www.anaceu.org.br/conteudo/artigos/publicacoes.php

A humanidade precisou de toda a sua existência, até 1830 depois de Cristo, para atingir um bilhão de seres. Em apenas cem anos, em 1930, a população da Terra cresceu outro bilhão. O terceiro bilhão, atingido em 1960, levou apenas trinta anos. Hoje, já somos seis bilhões e cem milhões, com uma média de um bilhão de novos seres a cada treze anos. Essa trajetória da população mundial sugere uma indagação: que fatores determinaram o crescimento demográfico do planeta dessa maneira? É o que tentaremos responder.

Os historiadores asseveram que a humanidade experimentou três grandes revoluções. A primeira foi a Revolução Agrícola, há dez mil anos, quando o homem descobriu que, lançando uma semente à terra, poderia colher alimentos ampliados e multiplicados, destinados a alimentar as pessoas e evitar que a população fosse dizimada pela fome. A segunda foi a Revolução Industrial, bem mais recente, que ocorreu pouco antes de 1800, quando foi inventada a máquina movida a energia não-humana. Na Era Agrícola, o instrumento de produção era a ferramenta, que pode ser definida como “instrumento de
produção movido pelo braço do homem”. Por sua vez, a máquina é um “instrumento de produção movido por energia não-humana”.

Nos tempos atuais, estaríamos vivendo a terceira grande revolução: a Era da Informação, cujas características são a derrocada dos sistemas socialistas, o fim das ditaduras, a revolução nas telecomunicações, a Internet e as novas descobertas
científicas no campo da genética, da química, da nanotecnologia, etc. Foi, portanto, a assombrosa revolução da ciência e da tecnologia que, a partir da Revolução Industrial, permitiu ao homem reduzir a mortalidade infantil e ampliar a expectativa de vida das populações, culminando com o exponencial crescimento do número de habitantes sobre a Terra.

A principal faceta da Era da Informação é que o conhecimento muda de forma contínua e a educação não vale mais para a vida toda. Não basta mais cursar uma faculdade, aprender uma profissão, pôr o diploma na parede e conseguir um emprego para o resto da vida. Na Era Industrial, a tecnologia não mudava muito no curso de uma existência. Na Era da Informação, o conhecimento dilui-se rapidamente e os profissionais todos defrontam-se com a necessidade inevitável de atualização. Só por isso, a educação continuada torna-se um imperativo de sobrevivência.

A educação permanente, entretanto, é necessária para cumprir, pelo menos, mais dois papéis fundamentais. Além de prover os conhecimentos técnicos e científicos para o exercício de uma profissão, a educação tem a função de prover o indivíduo dos hábitos requeridos para o exercício da cidadania e dos valores para o seu adiantamento ético-moral.

No tocante à cidadania, ela sempre foi debatida e apresentada no campo do respeito aos direitos individuais da pessoa humana; entretanto, ser cidadão significa cumprir deveres e comportamentos que respeitem o meio ambiente, que contribuam para evitar desperdícios, que ajudem a preservar as fontes e recursos naturais, e que auxiliem na realização do crescimento sustentado. A expressão “crescimento sustentado” é um imperativo do respeito à vida dos nossos descendentes, porquanto significa que temos o direito de extrair, da natureza, os recursos necessários à nossa sobrevivência sem, concomitantemente, destruir-lhe as fontes, que serão necessárias para a sobrevivência das gerações futuras.

A terceira função da educação é fornecer os instrumentos intelectuais, os valores e os princípios embasadores de uma conduta ética e moral condizentes com a definição que aqui propomos: “a ética é a arte de bem-proceder, caminho único para o bem supremo: a felicidade; entendendo como tal, não apenas deixar de fazer o mal, mas fazer o bem sempre que possível, como forma de evitar algum mal que resulte de não haver praticado o bem”. O adiantamento ético-moral não é um objetivo com um alvo final que, uma vez atingido, dá-se por encerrado; é um processo de aperfeiçoamento visando à conquista de patamares cada vez mais elevados; é uma escada na qual há sempre um degrau superior a ser atingido.

Ainda que do ponto de vista profissional o indivíduo pudesse dar-se por satisfeito e não desejar submeter-se a um processo de educação constante, a obrigação de ser um bom cidadão e a necessidade de perseguir o seu adiantamento moral ad eternum são imperativos da educação permanente, que devemos buscar enquanto vivermos na Terra.

* Economista, professor e vice-reitor do Centro Universitário Positivo - UnicenP.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O cidadão midiático e a era da confusão informativa

Blog Código Aberto de Carlos Castilho em 24/1/2011
URL do BLOG :www.observatoriodaimprensa.com.br/blogs/blogs.asp?id_blog=2
URL do post: www.observatoriodaimprensa.com.br/blogs/blogs.asp?id_blog=2&id_ident={54523D6C-9653-4571-8811-4AF4D237C383}

O norte-americano Dan Gillmor acaba de publicar um livro que está dando o que falar. Depois de funcionar como o grande arauto da revolução informativa no seu livro We, the Media [1], lançado em 2004, Gillmor usa agora um tom bem mais cauteloso ao analisar o que ele chamou de “era da confusão informativa”.
O ex-cronista de tecnologia do jornal San José Mercury News e atual consultor da Fundação Knight para empreendedorismo jornalístico online, reconhece que a avalancha informativa na web ultrapassou todas as previsões e que o público começa a dar sinais de uma preocupante tendência: uma ressaca cognitiva.
As pesquisas consultadas por Gillmor em seu novo livro, intitulado MediaActive [2], mostram que os consumidores de informação começam a demonstrar crescente intolerância diante da enorme quantidade de notícias que circulam na web e na imprensa ao constatar que a maioria delas são meias verdades ou totalmente falsas.
Este é um comportamento que já havia sido previsto por vários autores mencionados aqui nos posts do Código, há algum tempo, como um desdobramento inevitável da avalancha de dados, informações e conhecimentos publicados na web. Os dados são impressionantes. Em 2002, todo o acervo [3] de documentos digitalizados na internet não passava de 5 bilhões de exabytes. Em 2009, este total disparou para 281 bilhões de exabytes [4].
As informações produzidas por indivíduos e publicadas na web sob forma de blogs, tweets, fóruns, chats, redes sociais, bancos de dados, páginas web, noticias etc aumentaram 15 vezes entre 2006 e 2009. Segundo Mark Hurd, presidente da empresa de informática Hewlett Packard, nos próximos quatro anos a quantidade de informações publicadas na web será maior do que tudo o que foi produzido pela humanidade até agora em matéria de conhecimento.
Estatísticas como essas causam impacto, mas as pessoas comuns estão se dando conta muito lentamente do que isso significa no nosso quotidiano. Elas só começam a sentir os efeitos da avalancha informativa quando percebem sua incapacidade de poder contextualizar as notícias diante da diversidade de versões.
Gillmor é um dos muitos estudiosos da informação online que depois de se deslumbrar com as incríveis potencialidades do mundo digital e da internet começa a agora a dar-se conta do potencial de incertezas e desorientação gerado pela democratização cada vez maior na produção de conteúdos noticiosos, tanto no formato escrito como no audiovisual.
Está ocorrendo um fenômeno curioso. Os deslumbrados com a revolução digital tornam-se agora mais céticos e desconfiados enquanto os tecnofóbicos, contrariando as expectativas, tornam-se cada vez mais presentes nos fóruns, comunidades virtuais, twitter e blogs, como mostram as pesquisas sobre participação crescente da terceira idade na internet.
Mas não é só isso. Não dá mais para voltar atrás e não nos resta outra alternativa senão enfrentar os dilemas da era da confusão informativa desenvolvendo os recursos necessários para tornar mais confortável a convivência com a dúvida e com a incerteza.
É o que propõe o exercício da leitura crítica, um recurso informativo que até agora era considerado privilégio dos intelectuais e acadêmicos, mas que começa a ser praticado até mesmo pelos leitores de jornais, revistas ou telespectadores. Sem a leitura crítica fica difícil conviver com o tiroteio informativo presenciado diariamente em nossos jornais, revistas e telejornais.
Quem não se dispuser a desenvolver o seu próprio kit de leitura critica, provavelmente será empurrado para duas opções, ambas igualmente arriscadas: a descrença total, o que equivale a um autismo informativo, e a credibilidade incondicional, similar a um ato de fé cega. Ambas muito próximas do fanatismo.

[1] Traduzido para o português pela editora lusitana Presença, com o título Nós, os Medias (2005).
[2] O texto integral do livro, em inglês, pode ser baixado no endereço: http://mediactive.com/wp-content/uploads/2010/12/mediactive_gillmor.pdf
[3] Dados divulgados em agosto de 2010 por Marissa Mayer, vice-presidente de pesquisas da empresa Google.
[4] Cada exabyte equivale a 1.152.921.504.606,84 de megabytes Bytes (um trilhão de megabytes) ou 1 152 921 504 606 846 976 Bytes.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Renata e Paula - Recife - PE

Minhas filhas vieram passar uma semana de férias no Recife para rever parentes e amigos.
Na terça-feira conversamos bastante antes de dormir e na quarta-feira pela manhã fomos para a casa do mano Pedro Américo onde nos divertimos brincando na piscina, filosofamos e almoçamos uma deliciosa "galinha de cabidela" com macaxeira cozida (humm), feijão verde e arroz..